quinta-feira, agosto 12, 2004

Eu, Robo - Resenha

Trilha Sonora: Dave Matthews Band - Gravedigger

Primeiramente, é preciso levar em conta, como os diretores do filme dizem, que ele foi somente "sugerido" pelo livro do Asimov. Levando isso em conta, é possivel aceitar certas coisas como Dr. Calvin com uns 30 anos em 2035, Robertson vivo e não sabendo muito de Robotica, o NS-5 em 2035, a permissão dos robos na terra, entre outras....

Agora ao filme em si....

Primeiramente, o filme peca por exagerar no merchandising (as famosas cenas do Äll Star", do close no JVC, no Audi).... Fica realmente forçado a cena do "All star modelo 2004", lembrando uma cena do "Show de Truman".

Outro problema na minha visão, foi a personalidade de Spooner.... Tentaram fazer um filme mais serio, mas as gags humoristicas de W. Smith quebravam o clima do filme. É como já se havia discutido, pois um roterista foi contratado pra transformar o personagem a persona cinematografica dele.

Sobre os robos, a decisão de usar uma luz vermelha pra indicar qdo eles estavam "maus", ficou um pouco estranho!!! Obviamente, isso foi feito pra facilitar a identificação do espectador entre Sonny e os outros.... mas q ficou estranho ficou....
Outra coisa um pouco estranha, foi o fato de um policial qualquer conseguir entender mais sobre a psicologia de um robo que a própria robopsicologa da US. Robotics....


Agora as decisões acertadas.... Foi interessante os dialgos que discutiam a possibilidade de um ser mecanico estar vivo ou não, sendo o ponto alto o fala entre Sonny e Spooner "Mas você não pode compor uma sinfonia, nem pintar um quadro", com a resposta "E você, pode?". As cenas de ação são interessantes, com algumas realmente de tirar o folego, como a que se passa dentro de um tunel, com os NS-5.
O Futuro mostrado é um tanto clean, 'a là' Clark, sendo que poderia ter sido adotada uma visão mais 'dark'do futuro, mas proxima a visão de Dick.Isso deixaria o filme muito mais complexo, na minha opnião. Obviamente, eles se inspiraram no próprio Asimov, que no inicio tinha uma visão muito mais otimista do futuro, que foi abandonada ao longo dos livros, ao longo da própria Saga dos Robos!!!


As Leis da Robotica na visão do filme

Na minha opnião o ponto mais importante sobre a discução do filme, é sobre a visão adotada sobre as leis da Robótica (em especial sobre a primeira lei). Esse próprio problema já tinha sido discutido por Asimov no próprio "Eu, Robo", em contos como "Razão" e "O Conflito Evitavel". Isso nos mostra, que, para um robo, matar um ser humano é impensavel, de acordo com a primeira lei, levando esse fato ao rompimento do cerebro positronico. Na propria saga de Asimov, esse fato só é resolvido quando outro robo, Giskard, formula a lei zero, que seria uma lei proxima a formulada por VIKI. "O bem estar da humanidade está acima do bem estar das pessoas individuais.".

Mas, sem a formulação dessa lei, na minha opnião, o maximo que seria possivel para um robo fazer, seria a solução que as Maquinas tomam em "O conflito evitavel", ou seja, perturbações no meio, para fazer com que as pessoas "perigosas" para o futuro da humanidade perdessem cargos importantes, mas de modo que ainda tivessem o bem estar garantido!

Agora a visão de um purista.... poderiam ter feito o filme sem alterações tão grandes na Saga do mestre Asimov. Misturar tanta coisa, qto a idade da Dr. Calvin, Robertson, Lanning, a data dos NS (pq raios escolheram bem o Nestor pro Robo do filme.... o unico motivo que eu vejo, é a escolha que é o unico conto onde a um "problema"com as leis da Robotica.... mas vai entender....).....